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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O VIADUTO OTÁVIO ROCHA (musicada)

Ó viaduto
Da Borges de Medeiros
D´onde estão
Os teus pedreiros
Teus oleiros e obreiros?
Porque não voltam,
Voltam, voltam
No silêncio das madrugadas
Para verem o que os homens
Os teus herdeiros
Fizeram das tuas muradas,
Maltrataram tuas escadas.
Ó viaduto de mil encantos
Ó gigante monumento
Esse é o meu triste canto
Este é o meu lamento.
Ó frágil gigante,
Nascido de concreto e aço
Que com fortes,
Longos braços
E com todo o seu muque
Sustentando no seu lombo
Pelas noites, pelos dias
A pesada rua
Duque de Caxias.
Ó viaduto
Da Borges de Medeiros
Ponto dos encontros
E também dos desencontros
Por onde todos já passaram
Com seus amores
E passarão
Levando sonhos no coração.
Pelas tuas escadarias
Nas tardes domingueiras
O riso das gurias
Alegres e faceiras
Já não se ouve mais,
Mesmo assim,
Todo remendado
Mal cuidado, desgastado,
Jamais deixarás de ser
O viaduto de mil segredos
Sentinela vigilante
Nos encontros dos amantes.

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