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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

LIBERDADE

Vencido, mas não domado,
Quando as portas se fecharam,
Depois que bati nelas,
Porém, me consolo, porque,
Sobraram ainda as janelas
Para tentar novamente,
Ser recebido, ou quiçá,
Pelo menos, espiar por elas.
E gritar, ô, lá de casa!
Vencido, mas não domado,
Quando todas as portas se fecharam,
Agora, eu vi o rei chegar e entrar
Com toda sua cambada de asseclas,
Portanto, ele estava em casa.
... Cachorrada, cadelada...
Pipi no meu pátio não...
Então, por que não me abriu as portas?
Se eu nunca fiz arruaça
Perto do seu trono, nem atirei pedras
No seu reluzente brasão,
Nem cuspi na sua bandeira!
Agora, meu rei sem coroa, ouça-me:
Quando voltar lá, outra vez, levarei
As minhas cobras, os meus lagartos,
Os meus escorpiões,
Pois, eu quero de volta a minha liberdade
Prometida durante a campanha que fiz
Para a reeleição do seu reinado;
Liberdade, lembra, majestade, liberdade
De recitar os meus versos e poesias
Pelos corredores do seu palácio,
À tardinha e no romper da alvorada.

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